Dicas para evitar dores de cabeça (e decepção)  com seu Mini

Dicas para evitar dores de cabeça (e decepção) com seu Mini

21/09/2023 2 Por Roberto P Junior

E falo isso não importando a marca pois as características técnicas são semelhantes.

Como surgiram os mini drones ou sub 250

É inegável o sucesso de vendas de drones de peso inferior a 250 gramas, que começou com o DJI Mavic Mini onde a fabricante de Shenzen resolveu para pegar uma “brecha” na legislação da FAA e EASA (a ANAC dos EUA e União Européia) onde drones com peso menor de 250 gramas não necessitariam de solicitação de utilização do espaço aéreo devido ao seus baixo peso e riscos que eles representam, porém, não isentam seus pilotos de seguir as mesmas normas de segurança de drones maiores, respeitando os limites de distância de aeroportos, pessoas e atenção às No Fly Zone (NFZ) que são áreas onde os voo de drones são restringidos.

Não existe almoço grátis

É óbvio que para se conseguir baixo peso são necessários esforços de engenharia e uso de materiais leves, onde até tipo de parafuso entra nessa conta e claro, a perfeita compactação do espaço em sua montagem, veja por exemplo o Mavic Mini:

Acima, excetuando o controle, também desmontado, você tinha noção de que tudo isso cabe em um pequeno drone? Como não existe milagre, é claro que existe a supressão (remoção) de alguns componentes comumente visto em drones maiores, como por exemplo, o cooler:

DJI Mavic 3 Teardown (fonte: Youtube)

O cooler, também chamado de “ventoinha” é aquele ventilador em formato de caracol como na foto acima que tem a finalidade de jogar para fora o ar quente gerado pelo calor dos componentes internos do drone.

Para reduzir o seu peso, a maioria dos drones sub 250 não possuem o cooler, porém, assim como qualquer outro drone irá gerar calor, e qual foi a solução da engenharia apresentada? Na verdade são dois detalhes perceptíveis para os menos leigos: o uso de dissipador de calor, e, as tomadas de ar, dispostas em locais estratégicos no corpo do drone.

Bora conhecer:

Dissipadores de calor

Os dissipadores de calor são superfícies metálicas que tem a finalidade de absorver o calor dos componentes dissipando-o ao receber corrente de ar, retirando dessa froma o calor excessivo:

Na foto acima, vimos o dissipador do Fimi X8 Mini, e perceba algo comum em todos os dissipadores de calor que é a pasta térmica: essa pasta azul tem a finalidade de fazer o contato entre o componente a ser “refrescado” e o dissipador, fazendo a chamada “transferência térmica”.

O componente mais caro e sensível do drone é a core board: assim como nos computadores é essa a famosa placa mãe e nela estão os principais componentes para os processamentos: de voo, imagem, comunicação e navegação e tudo isso esquenta bastante, ao ponto de ser necessário às vezes um dissipador de calor maior que sua própria área.

Algumas core board possuem placas de proteção dos componentes onde por cima é posicionado o dissipador e entre eles, a pasta térmica.

Tomadas de ar

As tomadas de ar ou aberturas de ventilação foram desenhadas para receber ar frio externo dando eficiência na troca de calor do dissipador:

No caso do DJI Mini 3 essas entradas estão na parte da frente, atrás da câmera.

Agora sabemos que o drone sub 250 necessita, assim como qualquer outro drone, de um sistema de refrigeração dos seus componentes, e acredite, mesmo com tanta preocupação e testes, infelizmente em algumas situações não é o suficiente:

O grande problema

Alguns fatos que os proprietários de sub 250 não levam em consideração é que para se obter ventilação é necessário que o drone esteja voando, além do seu movimento natural em voo, parte do vento gerado pelas hélices é enviado para as partes internas da aeronave através das tomadas de ar. Obviamente, com ele parado, isso não acontece e dependendo da temperatura externa e a falta de ventilação, o risco de queima de algum componente core board é grande.

Sintomas de que algo está errado
Alguns relatos de aeronaves que perdem o sinal “do nada” ou se desconectam a curta distância trazem como diagnóstico final placa core queimada, o que na verdade é algum componente da placa que queimou por superaquecimento. Em outros casos, surgem erros diversos no app de voo, como pedindo para recalibrar IMU e bússola, onde mesmo após realizados os procedimentos de calibração, o erro persiste.

Prevenção é o melhor remédio e custa pouco

Agora que sabemos que os sub 250 necessitam de ventilação forçada, porque não por em prática soluções, algumas caseiras, que prolongam a vida de seu drone? Vamos a elas:

  • Vai voar em local aberto com muito Sol? Proteja seu drone, mantendo na sombra antes de voar e seja breve no check list de voo. Se pedir para atualizar o app, faça com o drone na sombra.
  • Habitue-se na luz do dia (com algum treinamento) em ligar os motores e subir o drone não mais que um metro: é uma boa ocasião para fazer os setup de altura de RTH entre outros e fique nessa posição até adquirir todos os satélites, momento que irá marcar o Home Point: esse procedimento “refresca” antes de fazer o voo e demora não mais que dois minutos, tempo suficiente para esquentar bastante o drone se estivesse ligado parado. Lembrando que alguns drones é necessário entrar no modo ATTI (sem GPS, onde os sensores de posicionamento fazem o trabalho de manter posicionado parado);
  • Existe uma atualização de firmware? Melhor opção fazer em casa e dependendo da velocidade de internet e tamanho do arquivo pode demorar cerca de 10 minutos com o drone parado e ligado. Providencie algo que ventile: use um ventilador, cooler de notebook, por exemplo. Tem tambén uma base específica que desenvolvi e funciona muito bem (veja no final do post).
  • Acabou de pousar e desligou o drone, não esqueça de retirar a bateria e cuidado: ela provavelmente deve estar quente.
  • Após o pouso, aguarde alguns minutos para colocar uma nova bateria: o drone pode estar ainda quente;
  • Faça a revisão do seu drone: Escolha um técnico de confiança ou empresa com boa avaliação: lá eles farão atualizações, limpeza, testes e caso haja necessidade, uma eventual manutenção corretiva, onde muitas vezes a gente nem percebe os riscos que estávamos correndo de perder o equipamento por causa de uma pequena fissura na hélice ou ressecamento da pasta térmica por exemplo.

Espero ter ajudando e desejo, de coração, excelentes voos!

🙂

Base de Ventilação

Desenvolvi duas bases de resfriamento: uma exclusiva para o DJI Avata e outra para a maioria dos drones sub 250 gramas (DJI Mini, Fimi Mini, Hubsan Zino Mini, etc) são essenciais nesse dias de calor na ocasião de atualização de firmware.

Se tiver interesse, acesse esse link, tem mais informações: Clique aqui

SUB 250:

Valor promocional do site: R$75 (informar CEP para valor de frete). Excluindo o drone, vai como está na foto, com cooler 4020 e fonte bivolt de 12V 2A. Novidade: com mais R$25, você pode adquirir um adaptador USB para ligar a base em um powerbank de 5V com a mesma potência e fluxo de ar.

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DJI AVATA:

Valor promocional do site: R$75 (informar CEP para valor de frete). Excluindo o drone, vai como está na foto, com cooler 4020 e fonte bivolt de 12V 2A. Novidade: com mais R$25, você pode adquirir um adaptador USB para ligar a base em um powerbank de 5V com a mesma potência e fluxo de ar.