
Taí um negócio que daria certo no Brasil… Ou não?
25/03/2025Aqui no Brasil virou um excelente negócio, tanto para quem dispõe como para quem utiliza os chamados “equipamentos compartilhados” vemos os casos de sucesso dos patinetes e bicicletas que dão uma boa contribuição para a mobilidade urbana. Para o usuário, muitas vezes o tempo de utilização é tão curto que não justifica a aquisição e seus custos agregados (manutenção, seguro, etc) e se tornam opções atrativas, afinal, vimos em grande quantidade nas principais capitais e é uma grande sacada: basta ter um cartão de crédito válido, ler o QR-Code, baixar o aplicativo e utilizar. É barato: Aqui em Sampa custa R$2 para desbloquear e R$0,67 por minuto de uso.
Aí vem a pergunta: já pensou ter essa facilidade com drones compartilhados?
E não é que essa facilidade já existe (para variar) na China? Pois é, na região turística de Xiao Qingdao conseguiram integrar a economia compartilhada com a indústria do turismo. Os drones compartilhados não apenas proporcionaram aos turistas uma experiência de viagem totalmente nova, como também adicionaram uma visão por um ângulo diferente ao comumente filmado ou fotografado.
Estação dos Drones
Trata-se de um gabinete estilo “vending machine” onde fica guardado o drone, ele é conectado à Internet das Coisas (IoT), onde além de armazenar e carregar a bateria, executa todo seu gerenciamento. Os usuários facilmente podem retirar e devolver os drones por meio do aplicativo de pagamentos Alipay, que praticamente serve para tudo lá… O nome dessa estação de drones é chamada “Drone Hai Lizi” e o drone escolhido é o DJI Neo, pela facilidade de uso e segurança.

-E eu, que nunca tive contato com o drone?
Relax, no local existe uma pessoa que dará as instruções necessárias para ter uma experiência incrível, mas pode, através do escaneamento de um QR-Code disponível, assistir à vídeo aula caso se sinta mais confortável como autodidata.

Não há dúvida que drones compartilhados em pontos turísticos podem se tornar um novo cartão de visitas para os respectivos locais, seja pela paisagem ou por sua história, sendo mais um atrativo para os turistas e até para aqueles que nunca tiveram contato com drone terem uma oportunidade para conhecer e porque não, entrar nas suas listas de aquisições para as próximas viagens.
Vamos aos números:
O DJI Neo custa por lá 1299 yuans (cerca de R$1020) e para você utilizar o serviço de drone compartilhado se faz necessário um depósito de 1500 yuans (R$1910), onde aí sim é liberado o uso do DJI Neo por 20 minutos (R$25) ou por uma hora (R$51) , lembrando que a autonomia deste self drone é de cerca de 10~12 minutos. Pela boa aceitação e fator “novidade”, o faturamento diário é de 1000 yuans.
A experiência do compartilhamento de drones
Muitas pessoas entrevistadas aprovaram a ideia:
“Parece muito novo. Antes, eu só conseguia ver a paisagem em terreno plano, mas agora consigo ver paisagens completamente diferentes através de um drone, e a operação é muito mais fácil do que eu pensava” (Gu Zhengyuan, turista)
“Sempre quis experimentar a fotografia com drones, mas é muito caro comprar um para mim, e também estou preocupado em não conseguir operá-lo. Não esperava que houvesse drones compartilhados na área cênica, e o preço é relativamente acessível. Usei o drone para tirar muitas fotos e vídeos que normalmente não consigo fazer. Tenho certeza de que muitas pessoas vão me invejar quando eu os postar no WeChat Moments.” (Sr. Li, turista)
Existem os prós mas também os “contras”:
Um piloto com muitos anos de experiência em operações com drones lembrou aos consumidores que esse tipo de drone tem um certo risco de falha e há muitos casos de quedas. “O drone Neo tem um modo de acompanhamento, o que pode fazer com que ele seja perdido quando há muitas pessoas ou em um ambiente complexo. Além disso, a bateria deste drone é de 1.000 mAh e seu tempo máximo de voo é difícil de atingir 60 minutos. Eu pessoalmente comprei este drone com três baterias adicionais. Se o drone for danificado durante o uso, a determinação de responsabilidade pode ser relativamente complicada.”
E o Brasil, tem mercado para essa novidade?
Só pelo fato de ser um país privilegiado com praias, paisagens de tirar o fôlego e monumentos históricos e arquitetônicos únicos, podemos dizer que imagens de baixa altitude irão atrair uma grande parcela de turistas, sejam locais como estrangeiros.
E você? Acha que daria certo o compartilhamento de drones aqui no Brasil?
fonte: dji.cc